Virtualmente todos os tecidos têm um requisito para que a glicose funcione normalmente. A glicólise é a principal via do metabolismo da glicose e ocorre no citosol de todas as células. Pode ocorrer aerobicamente ou anaerobicamente, dependendo da disponibilidade de oxigénio. Isto é clinicamente significativo porque a oxidação da glucose em condições aeróbias resulta em 32 mol de ATP por mol de glucose. Contudo, em condições anaeróbias, apenas 2 mol de ATP podem ser produzidos. A glicólise aeróbica ocorre em 2 etapas. A primeira ocorre no citosol e envolve a conversão da glicose em piruvato com a consequente produção de NADH. Este processo por si só gera 2 moléculas de ATP. Se o oxigénio estiver disponível, então a energia livre contida no NADH é libertada através da reoxidação da cadeia de electrões mitocondriais e resulta na libertação de mais 30 mol de ATP por mol de glucose. No entanto, quando o oxigénio está em falta, este NADH é reoxidado ao invés, reduzindo o piruvato a lactato. Isto limita severamente a quantidade de ATP formado por mol de glucose oxidada quando comparado com a glicólise aeróbica. Em situações em que existe um desequilíbrio entre a utilização de oxigénio e o fornecimento de oxigénio, por exemplo na sepse ou insuficiência cardíaca, ocorre glicólise anaeróbica que resulta na acumulação de lactato e resulta numa utilização ineficiente de glicose e numa produção inadequada de ATP.

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