Francis Xavier nasceu Francisco de Jasso y Xavier de uma família nobre de gado basco a 7 de Abril de 1506. Durante os seus estudos em Paris (1525-1536), envolveu-se na pequena banda entusiasta que foi organizada por Inácio de Loyola para a Companhia de Jesus. Ele e Inácio foram ordenados sacerdotes em Veneza em 1537. No ano seguinte Francisco foi para Roma, onde ajudou a preparar a fundação da Companhia de Jesus.

p> Enquanto estava em Roma, Xavier voluntariou-se para preencher uma vaga numa delegação portuguesa na Ásia Oriental. Passou de 1542 a 1549 na Índia, Ceilão, Malaca, e Indonésia oriental. Em 1549, o Japão tornou-se o campo de missão de Xavier. Enquanto lá ele descobriu que tinha de mudar os seus métodos missionários. Já não confrontado com o que ele considerava ser um povo “bárbaro”, ele traçou as origens da cultura japonesa até à China, que estava fechada aos estrangeiros. Numa fantástica aventura, Xavier tentou contrabandear-se para este intrigante império. Ao largo da costa chinesa morreu, com a terra prometida à vista, a 19 de Março de 1552.p>Xavier foi um pioneiro que improvisou métodos missionários nos contextos de mudança da sua vida. Em Goa, a fortaleza portuguesa e capital do Oriente, combateu a escandalosa vulgaridade da cristandade colonial. Numa segunda fase, trabalhando entre pescadores de castas inferiores que aceitavam o baptismo para escapar à opressão muçulmana, concebeu a instrução cristã para os analfabetos, concentrando-se nas crianças que ensinavam aos seus pais a mensagem do Evangelho, de preferência em canções. Baptizou aldeias inteiras “até as suas mãos desistirem”, deixando um resumo da fé e um catequista protegido pelo governo sempre que decidiu mudar-se para regiões mais além. Os seus métodos missionários permaneceram basicamente os mesmos durante o seu apostolado no sudeste da Ásia.

Após a sua viagem aventureira ao Japão, contudo, Xavier viu-se numa nova situação. Envolveu-se em diálogos com parceiros competentes e auto-confiantes e percebeu que era necessária uma abordagem diferente. Deixou esta tarefa aos seus sucessores, que antes do final do século XVI baptizaram quase 1% da população total e inauguraram o “século cristão no Japão”. Xavier continuou a tentar a sua visita à China, que era a influência cultural mais importante na Ásia Oriental. A sua viagem missionária terminou num sonho por realizar.

Com a sabedoria da retrospectiva, muitas pessoas criticaram a superficialidade dos seus métodos. Mais importante, porém, muitas gerações seguintes apanharam a sua visão do amplius (“mais longe”). O empenho de Xavier na rápida difusão do Evangelho levou muitos a chamar-lhe “São Paulo em estilo moderno”, que fez da Companhia de Jesus uma ordem missionária. Em 1622 foi canonizado, e o Papa Pio XI declarou-o (com Santa Teresa de Lisieux) o santo padroeiro de todas as missões.

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