Qual é a Crise da Dívida Soberana Europeia?
A Crise da Dívida Soberana Europeia refere-se à crise financeira que ocorreu em vários países europeus devido à elevada dívida governamental e a falhas institucionais.
A crise começou em 2009 quando a dívida soberana da Grécia atingiu alegadamente 113% do PIBProduto Interno Bruto (PIB)O Produto Interno Bruto (PIB) é uma medida padrão da saúde económica de um país e um indicador do seu nível de vida. Além disso, o PIB pode ser utilizado para comparar os níveis de produtividade entre diferentes países. – Quase o dobro do limite de 60% estabelecido pela Zona Euro. O colapso generalizado que se seguiu foi o resultado da despesa excessiva por parte de vários países europeus.
Um breve cronograma
A crise da dívida soberana europeia foi uma reacção em cadeia estabelecida no apertado sistema financeiro europeu. Os membros aderiram a uma política monetária comum mas separaram as políticas fiscais – permitindo-lhes gastar extravagantemente e acumular grandes montantes de dívida soberana.
Causas da Crise
Uma série de eventos e factores desempenhou um papel na crise da dívida, tais como
- h4>moeda comum, o Euro
Todos os membros da UE partilharam uma moeda comum e uma política monetária comum. Contudo, cada país controlava independentemente as suas políticas fiscais – que decidem os gastos e empréstimos governamentais.
Isto, para além dos baixos custos dos empréstimos, encorajou países como a Grécia e Portugal a contrair empréstimos e gastar para além dos seus limites.
- >li>h4>A Crise Financeira Global de 2008
A Crise Financeira Global de 2008-09A Crise Financeira Global de 2008-2009 refere-se à enorme crise financeira que o mundo enfrentou de 2008 a 2009. A crise financeira fez-se sentir em indivíduos e instituições em todo o mundo, com milhões de americanos a serem profundamente afectados. As instituições financeiras começaram a afundar-se, muitas foram absorvidas por entidades maiores, e o Governo dos EUA foi forçado a oferecer salvamentos enviados ondas de choque por todo o globo. A confiança dos investidores desabou com o colapso das instituições financeiras e a explosão das bolhas habitacionais. Como resultado, os investidores exigiram taxas de juro mais elevadas aos bancos – aumentando o custo dos empréstimos.
Economias como a Grécia, que dependia fortemente da dívida, lutaram para sobreviver. Para piorar a situação, o valor da sua dívida existente também aumentou com as taxas de juro.
Dívidas soberanas elevadas
Dívidas soberanas elevadas e despesas deficitárias, juntamente com elevados custos de empréstimo e uma crise financeira global, resultaram num fracasso generalizado no sistema financeiro da UE. A dívida da Grécia estava em 113% do PIB, e o país precisava de múltiplos salvamentos para reembolsar os seus credores. Depois da Grécia, Irlanda, Portugal, Chipre e Espanha, todos solicitaram resgates para iniciar as suas recuperações económicas.
p>Países que solicitaram assistência receberam-na de organizações, tais como o
Banco MundialGrupo Banco MundialO Grupo Banco Mundial é um banco multilateral de desenvolvimento que foi concebido em 1946 como uma das duas instituições de Bretton Woods, juntamente com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Alemanha – a única economia financeiramente estável e forte na altura.
Muitos outros factores estavam em jogo, mas o Euro, a crise financeira global e os gastos em défice excessivo desempenharam um papel importante na crise da dívida soberana da zona euro.
A valorização de uma moeda também afecta significativamente as taxas de câmbio e as exportações. Em tempos de crise financeira, os países recorrem frequentemente a uma desvalorizaçãoDevaluationDevaluation é um ajustamento para baixo do valor do dinheiro do país em relação a uma moeda estrangeira ou padrão. Muitos países que operam com a sua moeda para aumentar as exportações.
No entanto, a desvalorização de uma moeda também aumenta o valor em dólares da dívida soberana existente que é emprestada a países estrangeiros – como foi o caso de países da UE como a Grécia. Limitou a UE de desvalorizar o Euro e aumentar as exportações e agravou a crise da dívida soberana europeia.
As Medidas de Austeridade da UE
Para combater os elevados défices orçamentais, os países que solicitaram resgates foram obrigados a respeitar certas medidas de austeridade – políticas governamentais destinadas a reduzir a dívida do sector público – que foram estabelecidas pelo FMI, o Banco Mundial e a UE. Outros países, incluindo a França e a Alemanha, também adoptaram certas medidas de austeridade para reduzir a dívida após a crise.
No entanto, estas políticas limitaram o montante que os governos podiam gastar em bens públicos, reduzir os salários do sector público, e aumentar os impostos sobre o rendimento. A despesa pública é também um determinante importante da procura agregadaA oferta e procura agregadasA oferta e procura agregadas referem-se ao conceito de oferta e procura mas aplicadas a uma escala macroeconómica. A oferta agregada e o crescimento agregado e do PIB. Assim, a limitação das despesas também limitou o que os governos poderiam contribuir para o crescimento económico.
A países como a Grécia, Portugal e Espanha também foram convidados a reduzir as despesas com a saúde, o que levou a uma crise nos sistemas de saúde. Resultou num impacto negativo nos grupos socialmente vulneráveis que não podiam pagar os cuidados de saúde.
Efeitos da Crise
A crise da dívida soberana resultou em contracções económicas (PIB), destruição de empregos, e tumultos sociais. Uma parte das medidas de austeridade incluiu a redução dos salários e pensões do sector público e o aumento dos impostos sobre o rendimento – o que resultou numa reacção negativa por parte do público.
Também o rescaldo da crise incluiu as consequências da crise:
- Altas taxas de desemprego
- Uma maior desigualdade de rendimentos
- Mais pessoas em risco de pobreza
A Crise da Dívida Soberana Europeia de Hoje
Na sequência da crise da dívida soberana europeia de 2008-2012, os países fortemente afectados estavam no caminho da recuperação, apesar das rigorosas medidas de austeridade. Contudo, com o início da pandemia do coronavírus, a UE viu-se uma vez mais no meio de uma crise.
Em resposta à COVID-19, a UE abandonou certas medidas de austeridade que proibiam o Banco Central Europeu de pagar as dívidas soberanas dos países membros. Os líderes europeus também concordaram em lançar um fundo de recuperação de 750 mil milhões de euros para combater o impacto económico da pandemia.
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